Dia do Vira-Lata: professora da Pitágoras compartilha dicas e orientações para quem estiver pensando em adotar

No dia 31 de julho é celebrado o dia do Vira-lata e a data propõe a conscientização da população sobre a importância de resgatar e adotar os animais. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto QualiBest, 80% dos entrevistados que tinham algum animal de estimação em casa disseram ter cães. Desses, 40% sem raça definida, os chamados “vira latas”. Ainda de acordo com o levantamento, 30% dos entrevistados sem nenhum cão de estimação pretendem ter um futuramente.

 Para a coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Pitágoras Uberlândia,  Adélia Rodriguês Guimarães,  o vira-lata é capaz de se adaptar mais facilmente aos novos lares. “Por serem muito inteligentes, os cães possuem facilidade de aprendizagem e os vira-latas costumam ser mais dóceis, o que facilita essa interação. A melhor dica é não economizar nos carinhos e estabelecer uma relação de confiança com o animal, ainda no caminho de casa. Também é importante estar alinhado com a família, para que todos o recebam da mesma forma. Eduque-o com amor”, explica a docente.

Além de companheiros, os vira-latas têm chances menores de adquirirem doenças ao longo da vida. “A miscigenação de raças que o vira-lata apresenta resulta em uma espécie de mistura genética, que reduz as chances de seleção de genes que poderiam levar a doenças no futuro”.

A professora Adélia Guimarães, ainda aponta os principais cuidados que o vira-lata precisa ter ao ser adotado:

1.    Ele viverá por muitos anos e necessitará de cuidados, portanto, não o abandone. Os animais sentem dor, medo, saudade, alegria, tristeza e sofrem muito ao serem abandonados. O abandono ainda pode colocar em risco a vida do animal e das pessoas - todos os dias muitos animais são atropelados ao acessarem ruas e rodovias nas cidades, por exemplo.

2.    Esteja ciente das despesas, como cuidados veterinários, castração, vacinação, vermifugação, controle de pulgas, higiene, alimentação, entre outros. Não é demais lembrar que, por uma questão de bem-estar e segurança, ele não deverá ficar preso em correntes e não poderá sair à rua desacompanhado, então ele também exigirá do orçamento e cuidados. Os animais de estimação trazem muita alegria para as nossas casas, então nada é mais importante do que o carinho e atenção.

3.    Se você já possui outro cão, não pode esquecer de dar a mesma atenção a ambos. Se possui um gato, deve considerar que eles não são muito sociáveis e você deverá adotar um cão que consiga viver em harmonia com o felino, além de fazer com que eles interajam aos poucos. Com paciência, é possível conviver de forma tranquila e estabelecer uma relação de amor e confiança com ambas as raças.

4.    Cada animal tem a sua personalidade, mas é importante adotar um comportamento adequado ao seu estilo de vida. Por exemplo: um animal mais ativo precisará de um tutor que também seja ativo, caso contrário, poderá concentrar sua energia em rasgar roupas, móveis da casa, cavar buracos e outras artimanhas. Lembre-se que filhotes passarão por essa fase de "destruir" objetos. É preciso ter muita paciência e educá-los de forma correta desde o começo. 

5.    Você precisará providenciar uma identificação para o seu animal. Alguns cães são doados já microchipados, mas você poderá encontrar plaquetas de identificação em petshops. A identificação pode ajudar a encontrar seu pet, caso ele fuja. Fique atento aos portões, pois o cuidado não é demais.

6.    A maioria das pessoas procura filhotes para adoção, o que pode fazer com que cães adultos passem sua vida toda nas ruas ou em abrigos. Quando são idosos, as chances de adoção diminuem ainda mais. Dê preferência para adotá-los, lembre-se que muitas outras pessoas estão à procura de filhotes e você pode ser a esperança desse animal adulto ou idoso. 

7.    Ao adotar um animal, é necessário verificar se todos da casa concordam e se irão dividir as tarefas dos cuidados  e ficarem atentos aos seguintes pontos:

- Espaço adequado com o porte do animal e suas necessidades;

- Rotina da família;

- O animal precisa de cuidados além da alimentação, como passeios diários, atenção, banho e carinho;

- Cuidados com a saúde do animal. Assim, fazer as vacinações adequadas e visitas ao médico veterinário pelo menos a cada seis meses.


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