A possível cura para a covid-19 ainda não foi encontrada,
mas a ciência está em busca disso. No Brasil, uma coalizão formada por 86
hospitais públicos e particulares está testando medicamentos em pacientes
infectados pelo novo coronavírus. O Hospital de Clínicas da Universidade
Federal de Uberlândia (HC-UFU) integra essa força-tarefa e também outra,
formada por instituições federais.
Ao todo, a UFU
está em quatro estudos clínicos multicêntricos para avaliação de medicamentos
contra a doença. Três desses estudos fazem parte do projeto Coalizão Covid-19
Brasil, liderada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês, Moinhos
de Vento, Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa e Rede Brasileira de Pesquisa
em Terapia Intensiva (BricNet), com o apoio da empresa farmacêutica EMS e em
parceria com o Ministério da Saúde.
O HC-UFU
integra o estudo I (casos leves e moderados), o estudo II (casos graves) e o
estudo V (pacientes ambulatoriais). Trata-se de um estudo clínico randomizado,
o que significa que pacientes com coronavírus são selecionados aleatoriamente,
recebem tratamento com hidroxicloroquina e azitromicina e são monitorados pelos
pesquisadores.
O quarto
projeto integrado pelo hospital da UFU é o Estudo HU-COmVIDA, coordenado pelo
Hospital Universitário da Universidade de Brasília (UnB), que também avalia o
uso de hidroxicloroquina e azitromicina em pacientes com insuficiência respiratória
por covid-19 nos hospitais universitários federais da rede Ebserh.
"Ainda
não temos evidências científicas robustas sobre uso adequado ou contraindicação
dessas drogas. Para isso, são necessários vários protocolos de estudos
clínicos, que têm várias fases. É um processo longo e complexo", explica o
médico e gerente de Ensino e Pesquisa do HC-UFU, professor Nilton Pereira
Júnior, vinculado à Faculdade de Medicina da UFU. Segundo ele, a previsão é de
que os primeiros resultados sejam obtidos no fim de maio.
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