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Dicas de como se alimentar melhor e
emagrecer, ganhando autonomia pra não viver mais entrando e saindo de dieta.
autonomia
substantivo
feminino
1. capacidade
de governar-se pelos próprios meios.
Vamos às dicas:
1. ESQUEÇA CARDÁPIOS PRONTOS
Não é fácil derrubar
décadas de construção dessa mentalidade do cardápio pronto, do "perca
tantos quilos em tantos dias com a dieta do tal alimento" das revistas
femininas.
De sair do consultório com
um cardápio impresso retirado de uma pilha em uma gaveta.
Mas fazer isso é necessário
para uma vida com o peso sob controle sem estar sempre entrando e saindo de
dieta.
Dietas com métodos
complexos e cardápios fechados acabam com a autonomia alimentar porque não há
escolha, há apenas a obediência a um plano.
Quando fala-se em
emagrecimento, a maioria das pessoas espera um cardápio e se frustram porque
não conseguem seguir, chutam tudo pro alto, pra logo em seguida querer
novamente fazer dieta.
Imagine que você está com
um cardápio pronto para 20 dias e no dia 3 te chamam para um evento qualquer.
No evento não tem o que tá
no cardápio e o resultado é a ansiedade por conta do erro, por não conseguir
fazer o que foi proposto por míseros 3 dias.
Cardápios prontos também
não consideram as promoções no mercado perto da sua casa, nem o dia que
acontece a feira livre no seu bairro, nem o seu gosto, nem que você almoça no
refeitório da empresa, nem que você tem uma família pra se alimentar junto com
você e que eles também tem o gosto deles.
A solução é escolher,
dentro da comida de verdade (comida mais próxima o possível da origem), o menos
industrializada e processada possível.
Se precisar perder peso,
escolha os alimentos com menos carboidratos, senão coma livremente bichos e
plantas até a saciedade.
Viu só, resumi o método em
duas linhas!
O bom é que diferente dos
zilhões de rótulos da indústria, as opções de comida de verdade são variadas,
mas bem fáceis de aprender.
Saber comer a comida como a
natureza nos dá já nasce com a gente, há pouco o que aprender e o que mais
conta é a intuição.
Mas a gente vem de um
cenário com arroz, macarrão e pão envolvido em todas as refeições, então pode
fazer sentido olhar um cardápio como referência, para ver exemplos e visualizar
como vai ser o dia a dia.
Mas faça isso enquanto se
habitua ao novo jeito de comer, depois faça as escolhas por si.
2. MENOS RECEITAS
Eu sempre gostei de
cozinhar "no olho". Mesmo antes de low carb eu era especialista
naquelas comidas que usam tudo que tem na geladeira.
Nesse universo das dietas
percebo as pessoas muito apegadas a receitas, a maioria delas querendo
reproduzir clássicos da cozinha com altos carbos, tipo pizza, bolo etc.
Nada contra, eu mesma faço
minhas receitinhas, mas essa capacidade de abrir a geladeira e bolar uma
refeição rápida que não necessariamente precisa ter receita traz bastante
autonomia.
E soluciona muitas vezes a
fome nas noites corridas em que você tá com preguiça de ficar muito tempo na
cozinha.
Ovos cozidos, uma lata de
atum, folhas verdes, cubinhos de queijo… Refeição completinha com minutos de
preparo.
3. NÃO BUSQUE A PERFEIÇÃO
Você rola pela sua timeline
no Facebook ou no Instagram e tudo o que vê são fotos de refeições impecáveis,
em louças lindas ou em restaurantes caros e cozinhas luxuosas.
Na sua cozinha, aquela
loucinha na pia, pratinhos lascados, fome e poucas ideias de coisas saudáveis
pra comer. Coisas de gente normal!
É importante ter em mente
que no mundo da internet vemos sempre a versão editada da vida e da alimentação
das pessoas.
E também que existe o que é
perfeito e cientificamente comprovado como mais saudável, e existe o que
funciona pra você.
Encontre um equilíbrio
nisso, porque buscar a perfeição cobra seu pedágio na saúde emocional e no fim
pode acabar minando todo o seu esforço pra comer saudável.
4. TRATAMENTO DE SINTOMAS x PREVENÇÃO
É preciso ter consciência
de que na maioria das vezes vamos procurar alguém da área de saúde já com um
problema na mão, com sintomas a serem tratados.
Também é comum que esses
sintomas sejam tratados, mas que nada mude em relação ao que causou os sintomas
e o que pode ser feito pra prevenir novos problemas.
Isso porque muitas vezes o
que precisa ser feito envolve mudanças de estilo de vida e olhar pra questões
emocionais. Nem sempre o profissional de saúde pode ajudar com isso.
Na prevenção, você lidera.
Você é a pessoa responsável por se preocupar, buscar entender, se conhecer e
melhorar sempre, aos poucos ou rápido, com ou sem altos e baixos.
Como diz William Davis,
médico e autor do excelente livro Undoctored, onde ele expõe como é lucrativa a
indústria médica:
"Saúde é algo que se
atinge no esforço individual e quase nada tem a ver com médicos ou o sistema de
saúde".
Não estou desdenhando dos
profissionais de saúde, inclusive imagino que eles devam ficar felizes em
conversar com pessoas conscientes das suas responsabilidades nos cuidados com a
saúde e que não esperam desse profissional a cura mágica de todos os seus
males.
5. ESQUEÇA DO INGREDIENTE OU SOLUÇÃO
MÁGICA
Nesses anos de Vida Low
Carb eu vi surgir várias tendências de alimentos e suplementos milagrosos. Goji
berry, chia, maca peruana, biomassa, chá verde, de hibisco, linhaça, água com
limão… A lista vai longe.
A pergunta geralmente é:
"posso comer X coisa na dieta low carb?"
E muitas vezes os alimentos
são comida de verdade e inclusive são low carb.
Daí eu respondo: pode comer
sim, é low carb! Mas saiba que o que emagrece e traz saúde é o que você deixa
de comer e não nada que ao ingerir milagrosamente todas as escolhas ruins serão
suavizadas. Quem dera!
6. NOTÍCIA BOA NÃO VENDE JORNAL
Provavelmente você já ouviu
falar por aí comentários do tipo:
"...a gente fica sem saber
o que fazer… Uma hora dizem que faz bem, outra hora faz mal, não dá mais pra
ter certeza de nada!"
Talvez você tenha ouvido e
também se sinta confuso com tanta informação divergente.
Na ciência, é muito comum o
uso da correlação, que é o cruzamento de dados pra ver se é possível tirar
algum sentido deles.
Daí, sai um estudo dizendo
"o consumo de tal alimento está relacionado a maior incidência de tal
doença". Mas isso é uma hipótese e nem de longe estabelece uma relação de
causa e efeito.
Mas como notícia boa não
vende jornal, na maioria das vezes os estudos científicos chegam até a mídia e
ganham um toque pra chamar a atenção: "Tal alimento mata!".
Ter essa consciência ajuda
você a filtrar muito do que é publicado na mídia.
7. A MENTALIDADE DO PROIBIDÃO
É comum que ao descobrir
low carb a gente se dê conta de que o exagero de pão, arroz, macarrão e doces
são o motivo pelo qual vamos acumulando mais peso...
Mesmo nas tão bem
intencionadas versões light, integral e todo o resto comercializado pra quem
quer perder peso.
Depois disso, é comum
também passarmos a demonizar os carboidratos e ouvimos por aí coisas como
"tal alimento é um veneno!". Ou "Eu não posso comer tal
coisa!" ou "Tal coisa é proibida na low carb".
Mas nesse discurso se
instaura o que eu chamo de "mentalidade do proibidão".
Esqueça esse discurso do
proibido e foque na escolha. Em vez de dizer "eu não posso comer
pão", faz mais sentido dizer "normalmente eu não como pão".
Isso porque você sabe que
não dá conta de comer todos os dias em quantidade sem engordar, e escolhe comer
menos. Percebe a diferença no protagonismo e autonomia?
8. NÃO CONFIE EM RÓTULOS E PROPAGANDAS
Ao avaliar produtos
vendidos em lojinhas de naturais ou supermercados, desconsidere as chamadas de
marketing como selos de entidades, termos como gluten free, detox, caseiro,
artesanal, gourmet, light, desincha, seca barriga.
O que é realmente
importante é a lista de ingredientes. O que vem primeiro é o que está mais
presente no produto.
A alimentação low carb está
cada vez mais difundida (que bom!), mas isso traz uma consequência...
… O olho da indústria
alimentícia cresce com esse termo. Já começam a aparecer por aí produtos
marketeados como low carb, mas quando você analisa o rótulo os ingredientes não
são low carb.
Solução pra isso em
priorizar a comida de verdade que não tem rótulos nem propagandas.
É como diz um meme: na
questão margarina x manteiga, confio mais nas vacas do que nos químicos.
9. PENSE ALÉM DO MÉTODO
Dieta low carb, dieta
paleo, dieta primal, whole 30, lchf, atkins… Essas são mais famosas, mas há um
montão de "métodos" com nomes complexos que funcionam pelo mesmo
motivo…
Porque há restrição no
consumo de carboidratos.
Para acabar com qualquer
dúvida sobre qual método é mais eficiente, tenha isso em mente: quem tem muito
peso a perder deve priorizar a comida de verdade nas opções com menos
carboidratos como medida terapêutica, até estar livre do peso em excesso.
Depois disso, dá pra
aumentar o consumo de carboidratos para manter, mas nunca nos mesmos níveis que
fizeram você engordar o peso que quer perder.
É o que eu sempre digo: Low
Carb é o novo light.
Quando se fala de emagrecer
com menos calorias se estabelece uma meta diária, por exemplo 1300 calorias.
Com low carb é a mesma
coisa, só que se foca em reduzir as calorias que realmente impactam no peso, as
dos carboidratos.
Sobram as calorias da
gordura e da proteína para serem consumidas livremente, o que faz de low carb
uma alimentação onde a fome só existe se você quiser.
10. MENOS NÚMEROS, MAIS INTUIÇÃO
No início, para entender
como uma alimentação saudável com menos carboidratos funciona, ajuda anotar
tudo o que você come, estabelecer uma cota diária com base do peso que quer
perder e contar seus carboidratos.
Ver o número na balança
ajuda a ver se os seus esforços estão surtindo efeito, tirar medidas também.
Ter uma peça de roupa que
não serve mais como objetivo é legal também.
Mas isso durante um período
de aprendizado.
Uma vez entendido o
funcionamento desse estilo de alimentação, esqueça números, micronutrientes,
distribuição de macronutrientes, números de jeans, resultado de medidas e
balança.
Foque em fazer boas
escolhas dentro da comida de verdade, na maior parte das suas refeições.
Coma com atenção, com
calma, com presença.
Coma colorido. Cinco, seis,
sete cores no prato.
Escute o seu corpo e confie
na sua intuição. Confie na natureza e desconfie da indústria.
Mantenha a cabeça aberta e
sempre assuma a responsabilidade pelo cuidado com a sua saúde, faça o que está
ao seu alcance.
FONTE: https://www.vidalowcarb.com.br
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