Tratamento
pode ser uma opção para pacientes com infecções causadas por bactérias
multirresistentes
Acaba de chegar ao mercado um novo antibiótico para
o tratamento de pacientes com infecções causadas por algumas bactérias
resistentes entre elas, a Pseudomonas aeruginosa, considerada uma das três mais
perigosas, segundo alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS). Desenvolvido pela
farmacêutica MSD, ceftolozana-tazobactam, comercialmente conhecido como
Zerbaxa, é indicado para uso hospitalar e foi aprovado no Brasil pela ANVISA
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no início do ano para tratar
pacientes com infecções intra-abdominais complicadas e infecções do trato
urinário complicadas.
De acordo com estudos clínicos, o novo antibiótico
demonstrou 87% de eficácia no tratamento de infecções bacterianas
intra-abdominais complicadas, quando comparado ao tratamento padrão com
meropeném - eficácia de 83%, antibiótico de referência para o tratamento de
bactérias resistentes. Já para tratamento das infecções do trato urinário
causadas por Pseudomonas aeruginosa, os números são ainda mais expressivos e a
nova terapia demonstrou eficácia de 75%, quando comparada ao levofloxacino
(eficácia de 47%), até então, um dos tratamentos contra esta infecção[1].
Mas superbactérias existem mesmo?
Resistência bacteriana é um assunto que vem sendo
discutido mundialmente. Estima-se que 700 mil pessoas morram anualmente em todo
o mundo devido ao fenômeno. Dados divulgados recentemente revelam que, se nada
for feito, até 2050 as infecções por bactérias multirresistentes poderão matar
10 milhões de pessoas no mundo por ano, impacto maior que a mortalidade por
câncer[2].
“Hoje em dia, ainda há uso de antibióticos de forma
indiscriminada na medicina e veterinária, além da pecuária e agricultura. Isso
resulta em uma importante pressão seletiva de bactérias. Ceftolozana-tazobactam
é uma arma importante que está chegando ao mercado para auxiliar os médicos
nessa luta, pois ainda perdemos pacientes com infecções por bactérias
multirresistentes”, explica a Dra. Lessandra Michelin, infectologista na
Universidade de Caxias do Sul, mestre e doutora em Biotecnologia e Vacinologia
pela Université de Genève.
No Brasil, dados da Anvisa apontam que cerca de 25%
das infecções registradas no país são causadas por micro-organismos
multirresistentes[3] – aqueles que se tornam imunes à ação dos antibióticos.
Quando se fala somente em P. aeruginosa, até 40%
dos casos detectados no país apresentam resistência aos carbapenêmicos, como o
meropeném, que é o antibiótico mais usado para tratar infecções graves.
“Ceftolozana-tazobactam será importante no tratamento do que chamamos bactérias
Gram-negativas, principalmente pseudomonas, que são resistentes a vários
antibióticos”, destaca a Dra. Lessandra Michelan.
Sem antibióticos eficientes contra superbactérias,
muitos procedimentos médicos, como cirurgias e quimioterapia para pacientes com
câncer, por exemplo, poderiam ser suspensos ou postergados. “Nós utilizamos
antibióticos em complicações infecciosas de diversos procedimentos
hospitalares, o que possibilitou inúmeros avanços em várias áreas da saúde,
incluindo os transplantes, por exemplo. Se as bactérias se tornarem resistentes
aos antibióticos que temos disponíveis hoje, poderemos voltar à era
pré-antibióticos, onde um simples ferimento infectado poderá causar graves
danos”, alerta o Dr. Clóvis Arns, infectologista e professor da Universidade
Federal do Paraná (UFPR).
Sobre a MSD
Há mais de um século, a MSD, uma das líderes
globais do ramo biofarmacêutico, cria invenções para a vida, trazendo ao
mercado medicamentos inovadores para combater as doenças mais desafiadoras. MSD
é o nome pelo qual é conhecida a Merck & Co. Inc. fora dos Estados Unidos e
Canadá e que está sediada em Kenilworth (New Jersey, EUA). Por meio dos nossos
medicamentos de prescrição, vacinas, terapias biológicas e produtos de saúde animal,
trabalhamos com clientes em mais de 140 países para oferecer soluções de saúde
inovadoras. Também demonstramos nosso compromisso de melhorar o acesso aos
cuidados de saúde por meio de políticas, programas e parcerias de longo
alcance. Hoje em dia, a MSD continua na linha de frente da área de pesquisa
para avançar na prevenção e no tratamento de doenças que ameaçam pessoas e
comunidades ao redor do mundo – inclusive o câncer, doenças cardiometabólicas,
doenças emergentes de animais, Alzheimer e doenças infecciosas como HIV e
Ebola. Para mais informações, acesse www.msd.com e nos siga no Twitter.
Sobre a
MSD no Brasil
Presente no Brasil desde 1952, a MSD conta com mais de 1,5 mil funcionários no país, nas divisões de saúde humana, saúde animal e pesquisa clínica. Para mais informações, acesse www.msdonline.com.br.
Presente no Brasil desde 1952, a MSD conta com mais de 1,5 mil funcionários no país, nas divisões de saúde humana, saúde animal e pesquisa clínica. Para mais informações, acesse www.msdonline.com.br.
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