Dicas de desapego para cortar gastos no mês


Educadora financeira explica como enxugar as contas e poupar dinheiro 

Você é daqueles que vivem reclamando que sobra mês no fim do salário? Diz que tenta, tenta, mas não tem mais onde enxugar? Talvez a palavra que esteja faltando no seu vocabulário seja "desapegar". Essa é a dica da educadora financeira e especialista em psicologia econômica Maiara Xavier. Acostumada a esse tipo de reclamação, a expert em gerir finanças afirma que o que falta para muita gente é substituir o "eu mereço" pelo "eu preciso". "O consumo consciente nos ajuda a evitar vários deslizes econômicos no dia a dia", pondera. "Principalmente quando pensamos nos gastos menores. A tendência é esquecermos de pesá-los em nosso orçamento e, a longo prazo, descobrirmos que eles saíram mais caro do que o previsto". Por isso, a profissional separou cinco dicas práticas para garantir o saldo positivo no fim do mês. Confira:

1. ALIMENTAÇÃO
Por mais que seja uma das atividades favoritas do brasileiro, comer fora ou pedir comida é um gasto que dá para cortar! Se você costuma fazer isso três vezes por semana e gasta em média R$ 25 por refeição, faça as contas: dá R$ 75 por semana, R$ 300 por mês, R$ 3.600 por ano. Bastante, não? A dica, então, é diminuir a frequência. Tente deixar a extravagância para apenas uma vez na semana. A economia ao longo de um ano chega a R$ 2.400, sem contar a rentabilidade que esse dinheiro investido poderia gerar.

2. CARRO
Outro queridinho do brasileiro que tem um peso grande no bolso é o carro próprio. Quem se dispõe a trocar o veículo na garagem por outros meios de transporte consegue dar uma boa economizada. Mas sem falar necessariamente de transporte público. Hoje, a oferta de aplicativos de transporte privado permite uma economia que pode chegar a até 50% no orçamento do mês com mobilidade. Isso, partindo do princípio de que o carro já esteja quitado. Para os que ainda estão pagando a parcela do financiamento, a brincadeira fica ainda mais séria. 

3. TV POR ASSINATURA
Está aí um gasto que as pessoas mantêm mais por costume do que por necessidade. Não é raro ouvir histórias de gente que paga a TV a cabo, mas só assiste a seriados, filmes e programas pela internet. Até mesmo as emissoras andam divulgando o material na rede. Vale a pena fazer as contas para ver se não é o caso de substituir a assinatura real por uma virtual. 

4. TARIFAS BANCÁRIAS
Você já parou para fazer as contas de quanto gasta com tarifa de banco e anuidade de cartão de crédito? Sugiro que pare e faça. Quantas pessoas não frequentam mais as agências, não falam com seus gerentes, mas continuam pagando aquele valor referente a tudo isso simplesmente porque o valor é baixo se comparado a outros gastos? E acabam não indo atrás de alternativas? Vale sim dar uma olhada em tudo o que tem à disposição dos correntistas hoje em dia. Conversando e negociando, esse é um gasto que você pode tirar da sua planilha. 

5. ACADEMIA
Mais uma despesa que, em tempos de aperto, dá para ficar sem. A sugestão aqui, claro, não é deixar de cuidar da saúde. Mas será que não vale correr na praça em vez da esteira? Dependendo da cidade de onde a pessoa morar, há opções gratuitas de aulas em parques, treinamentos coletivos, atividades ao ar livre... Existem até aplicativos que permitem que as pessoas frequentem boas academias por preços melhores e sem a obrigação de fazer planos que comprometam o orçamento. Você paga apenas o que usa. 

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