Redução de taxa de
juros com recurso da poupança pela Caixa é comemorada por associação
Atenta
ao mercado imobiliário e à nova realidade de financiamentos concedidos por
instituições particulares, a Caixa Econômica Federal anunciou a redução na taxa
de juros dos financiamentos habitacionais concedidos com recursos advindos da
poupança. De todas as linhas de crédito habitacional da CEF, essa é
a que possui as taxas mais elevadas dentro da própria instituição.
De acordo com o presidente da
Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, em
outros momentos, se comparada com as taxas médias das instituições privadas, as
da CEF ainda eram taxas mais atraentes. “Contudo, com a estabilização da
economia, melhora na taxa de desemprego e também no investimento dos bancos
nesse produto – que é, de certo ponto, vantajoso –, a CEF se vê incomodada na
posição majoritária que ocupava anteriormente e agora busca
retomar parcela do mercado que perdeu”, analisa.
Os financiamentos
habitacionais vinculados à linha de crédito da poupança não exigem,
necessariamente, que o mutuário tenha carteira assinada e que contribua para o
FGTS, exigências que se faz para concessão de outras modalidades de financiamento.
“Sabendo da procura e da crescente onda de empreendedores autônomos no mercado
brasileiro, os bancos privados passaram a investir nesse produto, melhorando
suas condições de empréstimo, em especial, no que diz respeito à taxa de juros.
Para o consumidor, essa medida tomada pelos bancos privados é de extrema valia,
pois aumenta o leque de opções, já que a concorrência acirrada ajuda na
concessão de melhores benefícios”, completa Vinícius Costa.
O
advogado explica que, além dos financiamentos habitacionais terem um caráter
extremamente social, se afiguram para os bancos como um produto muito rentável,
pois deve-se ter em mente que se trata de um contrato a longo prazo remunerado
por uma taxa anual consideravelmente alta e que tem como garantia da dívida o
próprio imóvel. “Apesar de as taxas de juros variarem de cliente para cliente e
instituição para instituição, a garantia contratual que se tem e a forma de
tomada dessa garantia pelo banco tornam o negócio altamente atrativo para o
fornecedor.”
Para Vinícius Costa,
o despertar das instituições financeiras privadas para esse mercado e a redução
de juros pela Caixa Econômica Federal devem ser muito comemoradas pelos
consumidores. “Pois é a concorrência que auxilia na aquisição de financiamento
com as melhores condições possíveis”, analisa.
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