Dia Mundial Sem Tabaco: maior causa de morte evitável no mundo

 Além do consumo, fumantes passivos também se enquadram na zona de risco 

No dia 31 de maio, é comemorado o Dia Mundial Sem Tabaco. Anualmente, quase seis milhões de pessoas perdem a vida por alguma relação com a substância, entre fumantes ativos e passivos. Considerado a principal causa de morte evitável do mundo, o tabagismo tem relação direta com doenças crônicas não transmissíveis e mortes por doença pulmonar crônica, como bronquite e enfisema, dentre outras enfermidades.
De acordo com a oncologista do Centro Oncológico do Triângulo (COT), Dra. Zaíra Medeiros Loureiro, a conscientização é o primeiro passo para se combater o consumo, e esse trabalho pode iniciar mais perto que se imagina.
“As pessoas devem começar a se conscientizar ainda dentro de casa. Vivemos uma época em que aumentou bastante o consumo entre os jovens, talvez por uma necessidade de autoafirmação, e isso é muito preocupante. O tabagismo destrói famílias, a qualidade de vida, a economia, e vem acompanhado de inúmeras doenças. Quanto mais precoce o uso, maior a probabilidade de desenvolver algo, por isso não podemos nos restringir a uma só campanha. O combate deve ser contínuo e abrangente para todas as idades, principalmente a juventude”, destaca.
Estima-se que, mediante o cenário atual, o fumo seja responsável por mais de oito milhões de mortes por ano a partir de 2030. Não bastasse isso, esses riscos não se remetem apenas aos fumantes. Dos quase seis milhões de pessoas que perdem a vida anualmente, 600 mil são vítimas do fumo passivo.

Trabalhadores brasileiros mais distantes do cigarro
De acordo com um levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, o número de fumantes passivos durante o expediente diminuiu no Brasil, sofrendo uma queda de 34,4% se comparado aos últimos anos, com frequência maior dos 25 aos 64 anos. Apesar disso, a médica oncologista alerta sobre os riscos da proximidade com o cigarro.
“Apesar de não inalar a brasa, o fumante passivo aspira todos os produtos tóxicos do cigarro, seja através da fumaça ou do cinzeiro, principalmente em lugares fechados, como em casa ou no trabalho. Por isso, não adianta um pai ou uma mãe orientar sobre os riscos do tabaco se ainda faz o consumo”, explica.

Riscos de ser um fumante passivo
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo passivo foi a terceira maior causa de morte evitável do mundo nos últimos anos, perdendo apenas para o tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool. Estudos comprovam que os efeitos imediatos da poluição ambiental pela fumaça do tabaco vão além do curto prazo, como irritação nasal, na garganta e nos olhos, dor de cabeça, vertigem, náusea, tosse e problemas respiratórios, chegando aos riscos de câncer de pulmão e até infarto.


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