Patologia
impossibilita as pessoas de realizarem atividades diárias. Fisioterapeuta
comenta sobre o tratamento.
Seja
de causa lombar, cervical ou torácica, a hérnia de disco gera muito desconforto
para quem a tem. Dor, formigamento e/ou dormência, que irradia para os membros,
compromete o bem estar. São poucos os casos que a cirurgia é recomendada.
Especialista comenta sobre a importância da reeducação dos movimentos e da
adesão de uma atividade física.
Os
discos estão entre as vértebras que constituem a coluna vertebral. A sua função
é absorver o impacto e permitir que se façam movimentos em diferentes eixos de
rotação, sem que haja o atrito entre os ossos.
A
doença pode surgir em decorrência do envelhecimento e de causa genética. Porém
os maus hábitos também contribuem para ocorrência, são eles: sedentarismo,
excesso de peso, movimentos errados e/ou repetitivos, levantar e carregar peso,
entre outros. Tais comportamentos rompem o núcleo do disco que pode se espalhar
pela região medular ou nos espaços onde as raízes nervosas passam.
Clemira
Martins, 52, foi diagnosticada com três hérnias de disco há mais de dez anos;
sendo duas na lombar e uma na cervical. No trabalho e nas atividades
domésticas, fez muitos movimentos e pegou objetos pesados, sobrecarregando a
coluna.
Ela
conta que hoje não faz nenhum tratamento e nem atividade física, mas no início fazia
hidroginástica e natação, ambos supervisionados, e tinha mais qualidade de
vida. Em certas ações, como estender a roupa, varrer, passar o pano no chão, os
sintomas aparecem e a dona de casa fica com os movimentos limitados.
Mesmo durante a crise, a
fisioterapeuta Eva Simone recomenda que o acometido permaneça ativo. Em seus 23
anos de atuação, ela identificou que a maioria das pessoas ficam acamadas, quando
na verdade é preciso entender que esse comportamento favorece para o ganho de
peso, enfraquecimento do abdome e demais cadeias musculares.
Existe a forma correta de andar,
sentar, deitar e levantar, vestir roupa e calçar sapatos, pegar um objeto e
leva-lo a outro ponto. Quando se respeita os limites do próprio corpo, as chances
de se ter problemas, como a doença em questão, são mínimas.
“É muito importante manter a
verticalidade da cabeça, ombro, quadril, joelho e pés. Sobrecarregar um lado ou
uma região do corpo é prejudicial.”, comenta Eva. A profissional revela que
segue um protocolo de atendimento próprio. Por ser especialista em reeducação
do movimento, a fisioterapeuta divide o tratamento em três momentos.
Eva trabalha com a pessoa a propriocepção
(consciência da postura, do movimento, das partes do corpo e das mudanças no
equilíbrio), utilizando alguns objetos e técnicas capazes de corrigir os erros.
Posteriormente começa a inserir os aparelhos de pilates, que contribui nessa
reeducação, fortalecimento e alongamento.
Na terceira etapa entra a mesa de
tração eletrônica. O equipamento é capaz de diminuir a pressão intradisco,
aumentar o espaço entre as vértebras, favorece na hidratação e nutrição do
disco intervertebral, entre outros benefícios. Eva Simone destaque que em todo
esse processo deve-se valorizar muito a respiração. “Inspirar e expirar
traciona a coluna, aumenta os espaços intervertebrais e faz a pessoa crescer.”,
diz.
Comentários
Postar um comentário