Não será mais construída a passagem inferior prevista no cruzamento
entre o Anel Viário Sul e a Avenida Lidormira Borges do Nascimento, na zona sul
de Uberlândia. De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) de
Minas Gerais a mudança de projeto, prevê agora a construção de uma rotatória.
Essa é uma solução conveniente aos órgãos envolvidos. Trata-se de uma falta de
responsabilidade das autoridades competentes, tomando atitudes que trarão
prejuízos às atividades comerciais, econômicas, de serviços e aos que moram
naquela região.
O anel viário não passará mais por
baixo da via, que, atualmente, está fechada na altura do bairro Shopping Park,
na zona sul, onde o trânsito é desviado. A obra foi retomada no início de
junho, há dois meses, após oito meses parada. A rotatória prevista no novo
projeto é similar a outra que existe na Avenida Nicomedes Alves dos Santos,
também no encontro com o contorno sul do anel viário.
A
solução encontrada é motivada pela necessidade de redução de custos. A CDL
Uberlândia é veementemente contra essa ação. Trata-se de um atraso, uma atitude
de mau gosto que prejudica a cidade como um todo. O planejamento da zona sul é
ineficiente e não apresenta o devido cuidado e organização. Aquela região
possui um tráfego pesado de veículos, motos, moradores, além dos locais
destinados à realização de festas e eventos que movimentam ainda mais aquela
área.
A
CDL Uberlândia enviou ofício aos órgãos competentes para demonstrar a nossa
insatisfação com essa atitude. Foram encaminhados documentos aos deputados
estaduais Elismar Prado (sem partido), Luiz Humberto Carneiro (PSDB), Felipe
Attiê (PTB), Arnaldo Silva Jr. (PR) e Leonídio Bouças (PMDB). A Secretaria de
Estado de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais, o DER e o governador de
Minas Fernando Pimentel (PT) também receberam o documento para que providências
sejam tomadas. Queremos externar o nosso descontentamento por essa falta de
planejamento em uma obra tão importante e que poderia resolver os problemas
daquela região.
A
rotatória é apenas uma solução paliativa. O que deveria ser feito é uma solução
definitiva, construindo a passagem inferior, conforme apontou o projeto
inicial. Não podemos e não iremos concordar com uma decisão arbitrária e
tendenciosa. Problemas no trânsito serão acentuados e as mudanças acontecem sem
a devida consulta aos moradores e órgãos competentes.
É preciso que haja uma ação judicial coletiva contra a mudança do
projeto. Essa obra desvalorizará os imóveis, comprometendo o fluxo e colocando
em risco a vida das milhares de pessoas que transitam por aquela região.
Cícero Heraldo Novaes
Presidente da CDL Uberlândia
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