Dia Nacional da Luta contra o Reumatismo

30 de outubro é considerado o Dia Nacional da Luta contra o Reumatismo, uma data para informar e mobilizar a população a respeito dos mais de 200 tipos já conhecidos da enfermidade. Não se trata de apenas uma doença em particular, mas de um grande número que afetam as articulações, músculos, ligamentos e tendões, de caráter não traumático, que acometem principalmente as pessoas mais velhas. As mais conhecidas são: Artrose, artrite reumatoide, lúpus, fibromialgia, tendinites, bursite, gota, febre reumática e osteoporose.
      No Brasil, cerca de 15 milhões de pessoas sofrem de algum tipo de doença reumática. Elas podem atingir qualquer pessoa, inclusive crianças. Normalmente se manifestam provocando dores no corpo, ossos, músculos, tendões e articulações. Por se tratar de enfermidades distintas, que vão desde autoimunes, metabólicas, degenerativas e inflamatórias, até doenças associadas que afetam outros órgãos, é essencial que um médico avalie clinicamente o paciente para definir o diagnóstico e a gravidade.
      Listar os principais sintomas não é fácil. Porém é possível considerar alguns sinais das patologias reumáticas mais comuns: dores musculares ou articulares, localizadas ou generalizadas, acompanhadas ou não de inchaço e vermelhidão no local acometido.
      O reumatologista Fernando Gasparin, do Hospital Santa Clara, afirma que uma das formas de identificar o reumatismo é a dor. “O que normalmente diferencia uma dor provocada por uma doença reumática de uma dor ocasional, seja ela decorrente de um traumatismo ou atividade física inadequada, é a duração da dor. A primeira é em geral, duradoura: semanas, meses e até anos; a segunda é transitória e de curta duração, de dias a semanas, no máximo alguns meses. Uma outra característica de algumas doenças reumáticas, por exemplo, as artrites, é o ritmo da dor. O paciente apresenta piora das dores à noite e nas primeiras horas da manhã”, afirma.
      
Doença
 Ao contrário de algumas doenças ditas silenciosas (hipertensão e diabetes), em geral, o reumatismo pode ser mais facilmente percebido: o próprio paciente pode identificar os primeiros sintomas. Dores ao esticar os braços sobre a cabeça ou ao elevar os ombros até tocar o pescoço podem ser sinais de doença reumática. Se a enfermidade for descoberta logo nos primeiros sintomas e o paciente tiver tratamento adequado, ele pode levar uma vida normal, diminuindo assim os riscos de incapacidade física.

Tratamento
 Em relação ao tratamento, Gasparin ressalta que ele pode ser feito com ou sem remédios, de acordo com cada caso. “Podemos dividi-lo em medicamentoso e não medicamentoso. Os medicamentos mais usados são: analgéisocs, anti-inflamatórios hormonais (corticóides) e não hormonais, imunossupressores, antidepressivos, agentes imunobiológicos (usados para tratamento de Artrite Reumatóide, Lúpus Eritematoso Sistêmico, Artrite Psoriásica, Espondilite Anquilosante, Vasculites, etc) inibidores de reabsorção óssea e indutores de formação óssea (no caso da osteoporose), entre outros. A terapia não medicamentosa pode variar desde o repouso, em quadros agudos de inflamação articular ou doença sistêmica auto-imune em atividade, até atividade física, como academia, hidroginástica, pilates, entre outras”. O reumatologista também reforça que as mudança dos hábitos de vida como dieta balanceada e redução de peso contribuem bastante para praticamente todas as enfermidades.

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