A chamada 3ª idade está cada vez mais ativa e supera o preconceito
Eles têm mais de 65 anos, são, em sua maioria, aposentados e continuam
em atividade plena. A atual terceira idade brasileira se mostra cada vez
mais disposta.
Com
o aumento da expectativa de vida no Brasil, em torno de 72 anos, a
qualidade de vida melhorou, em função de diversos fatores: o acesso à
saúde pública está mais facilitado, as medicações para controle de
doenças crônicas estão mais acessíveis e a população está mais
consciente, buscando melhores condições de vida.
O
número de pessoas que chegam na 3ª idade em boas condições de saúde
física e mental e com melhores chances de socialização também é
crescente. Desta forma, elas possuem mais oportunidades para manter e
melhorar os seus relacionamentos, participar de novos encontros
afetivos, vivenciar a sexualidade com menos preconceito e mais
espontaneidade.
Segundo
o urologista e terapeuta sexual, Luiz Mauro Coelho, o preconceito e as
doenças crônicas estão entre os empecilhos para o bom desenvolvimento da
vida sexual dos indivíduos desta faixa etária. “É comum os idosos
encontrarem algumas dificuldades no que diz respeito ao sexo. Além do
preconceito e doenças crônicas, também estão: dificuldades sociais, uso
de medicações para controle de doenças crônicas e a compreensão
inadequada de períodos desta idade, como menopausa e “andropausa”,
afirmou o Dr. Luiz Mauro.
De
maneira geral, do ponto de vista orgânico, nos homens a taxa de
hormônios (testosterona) diminui gradativamente após os 50 anos, sendo
um dos fatores que permitem a eles se relacionarem sexualmente sem
dificuldades. Quanto às mulheres, com o advento da menopausa, ocorre a
interrupção abrupta da produção hormonal feminina o que não leva,
necessariamente, à frigidez ou desinteresse sexual. É fundamental que
cada um se conheça, entenda as necessidades e vontade do organismo e
tenha uma vida saudável, com frequentes visitas ao médico, o
especialista enfatiza a importância dos relacionamentos. “Em qualquer
idade ou período da vida, deveríamos aspirar a experimentar a
sexualidade no sentido amplo do amor, da dedicação, evidenciando que o
sexo, ou a sexualidade, não tem como fim a reprodução, é apenas um meio
para o fenômeno e que na verdade, a união sexual busca a realização
plena do ser”, disse.
Confira dicas do terapeuta sexual para melhorar a disposição sexual após os 60 anos:
* Anualmente, vá ao médico e faça uma avaliação geral;
* Interaja com pessoas da mesma faixa etária;
* Verifique se as medicações utilizadas (quando existirem) têm interferência direta na sexualidade;
* Pratique atividades físicas regularmente, sempre com a orientação de um profissional;
* Tenha uma alimentação balanceada;
* Busque sempre, incessantemente, o equilíbrio emocional. Se aproximar afetivamente a alguém;
* Tenha atividades laborais, voluntariado, etc.
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