Pela beleza e marcha cômoda, campolinistas transformam raça em referência de cavalo completo; exposição marca nova era
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Cerca
dez mil pessoas visitaram o Parque da Gameleira, em Belo Horizonte
(MG), durante a 34º Semana Nacional do Cavalo Campolina, que ocorreu
entre 8 a 18 de outubro. O evento contou com 130 expositores e quase 500
cavalos nos concursos de marcha e morfologia. Participaram criadores de
Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Distrito Federal e
também de Alagoas, Espírito Santo e Ceará, onde a raça ainda é pouco
conhecida. Mais importante do que cifras, os remates aproximaram novos
criadores e usuários. Já as provas funcionais reuniram quase 90
criadores montados, dos mais experientes aos mais jovens. A participação
desse último grupo, em especial, vem aumentando ao encontrar um
ambiente mais competitivo. O mercado também presenciou uma das maiores
premiações do mundo equestre, com a distribuição de 13 carros e 7 motos
avaliadas em R$ 300 mil.
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Os
primeiros dias da mostra foram reservados para a admissão dos animais
na Gameleira. O evento foi lançado oficialmente no dia 10 de outubro
(sábado), mas na sexta-feira, os tratadores curtiram “Festa do Peão”, um
reconhecimento da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo
Campolina (Campolina Marchador), aos quais também desempenham papel
fundamental na perpetuação da raça. Estudos científicos sugerem que a
genética representa apenas 30% de um campeão. O restante decorre de
fatores externos, como a nutrição, a sanidade, a doma e os tratos que
são submetidos.
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Mesmo
com tantos exemplares em pista, os dez jurados escolhidos para comandar
o julgamento fizeram um trabalho considerado exemplar pela diretoria da
associação. Divididos em dois grupos, um avaliando andamento e o outro a
morfologia, atenderam clamores de associados que desejavam julgamentos
mais criteriosos. Da mesma forma que nas Olimpíadas, maior e menor
classificação eram desconsideraras. Também entrou em vigor o regulamento
antidoping para a exposições nacionais da raça, adaptado em parceria
com o professor Eustáquio Braga, da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), nos moldes da Federação Equestre Internacional (FEI).
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A
programação social teve início no dia 16 de outubro, com a
confraternização dos criadores e a promoção do II Leilão Nacional
Explosão de Qualidade. Joel Bastos Garcia, da Fazenda Chaparral, em
Cachoeiras do Macacu (RJ), recepcionou 500 convidados. A comercialização
de 40 lotes resultou no faturamento de R$ 523.900,00 (média geral de R$
13.097,50), com destaque para Oca do L.P.D., vendida pelo convidado
Luiz Pacheco Drumond, do Haras L.P.D. É uma filha de Jacuí da Maravilha
em Flecha de Santo Amaro e foi vendida por R$ 105.400,00 para Aylton
Bernardino de Almeida.
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No
dia seguinte, 17 de outubro, Charles Marx, do Haras Chiribiribinha, de
Duas Barras (RJ), promoveu o segundo leilão da Nacional. Para celebrar
27 anos de criação, ele apartou 36 lotes, a maioria filhas de Neruda do
Chiribiribinha, pai de vários campeões nacionais, sétimo do livro de
elite da raça. Criadores recém-chegados ao Campolina entraram na
disputa, mas essa genética foi arrematada por selecionadores conhecidos.
Dentre eles, estavam Haras Mandala (Petrópolis/RJ), Dona Flor, (Pará de
Minas/MG), Atibainha (Atibaia/SP), Haras Anaiti (Bahia), entre outros. O
mapa da leiloeira apontou faturamento de R$ 781.200,00 (média geral de
R$ 21.700,00). A venda mais alta foi uma cota de 50% Babilônia do
Chiribiribinha, arrematada por R$ 93.000,00.
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Depois
de tantas atrações, eis que chegava o momento mais esperado, quando
todos conheceriam os campeões da exposição. Antes, uma pausa para outra
oportunidade de bons negócios, o tradicional Leilão Raça Campolina Sun
Shine, realizado pelos haras SantAnna, Top, Campanário, J.H.R, Campolina
das Marias, Jaicurê, TK, Capibaribe, Anjos, R3M e Camparal. Juntos,
leiloaram 49 lotes por R$ 1.259.840,00 (média geral de R$ 25.711,00).
Este foi o leilão que atingiu o maior faturamento da Nacional, e nele
também saiu uma venda por R$ 105.400,00, Haila da Hibipeba, comprada por
um campolinista carioca. No início da noite, a tradicional “Choppada
Campolina” acalmou um pouco os ânimos, mas os criadores não conseguiam
disfarçar tanta ansiedade. Clique aqui e veja o resultado completo e oficial da 34º Semana Nacional do Cavalo Campolina.
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