Carga tributária é destaque em palestra

Foi realizada na noite desta quarta-feira (27), a palestra “Como reduzir a carga tributária de sua empresa”, ministrada pelo consultor Yuri Ghabril. O evento aconteceu na sede da FIEMG Regional Vale do Paranaíba e reuniu empresários e profissionais da área tributária para entender mais sobre o assunto. 

Durante a palestra foram apontados os principais entraves que as empresas passam para obtenção de crédito fiscal. O maior deles, indiscutivelmente, é a complexidade presente nos processos de tributação que recai sobre os empreendedores. São 86 tributos, 100 tipos de documentos fiscais diferentes e 170 obrigações acessórias, além de 3.507 normas a serem seguidas pelas empresas (dados do IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário).

Yuri não deixou de exemplificar com casos reais a situação tributária no Brasil e frisou a falta de investimento no setor para que, de fato, o trabalho dos profissionais da área seja efetivo.

Dentre o processo de tributação na cadeia produtiva foi discutida o caso da Indústria. O consultor apontou com relevância o setor, visto que, sobre ele recai a maior carga tributária. “A falta de informação contribui para o débito fiscal, prejudicando empresários e consequentemente a expansão dos negócios. Investir no setor contábil é a base para se obter crédito fiscal. Saber classificar o tipo de negócio, produtos, e processos de produção, bem como estar atento as mudanças são ações que contribuem para o crédito fiscal, evitando os tributos excedentes e corroborando para a elisão fiscal’, apontou.  

Sustentando a ideia difundida na palestra, José Luiz Vilela Teixeira, gerente industrial de uma indústria alimentícia de Uberlândia, destacou a complexidade do assunto, sendo vastos os processos que incidem sobre profissionais da área contábil. “É importante o planejamento tributário, visto que a situação vigente está insustentável, portanto faz-se necessário estar ciente do segmento atuante e dos produtos que comercializa, pois, a informação quanto mais detalhada contribui para o trabalho do contador e reflete sobre o correto tributo a ser pago”, finalizou. 

Para o presidente da FIEMG Regional Vale do Paranaíba, Sr. Pedro Lacerda, as indústrias vivem uma realidade fiscal que dificulta o crescimento de todas. “É a Indústria que recolhe a maior porcentagem da carga tributária do país já que é a indústria que agrega valor aos produtos e, portanto já se passou da hora de termos uma reforma tributária em nosso País, se houver irá solucionar a atual complexidade e desinformação no setor.

Os outros países do Mercosul utilizam uma carga tributária muito menor do que a do Brasil e para sermos mais competitivos internacionalmente é essencial essa mudança”, ressaltou o presidente, que concorda com o que foi dito na palestra e acredita na elisão fiscal para o desenvolvimento sustentável.

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