Projeções apontam também para expansão de 35% da produção de
carnes, no período
Nos
próximos dez anos, a produção de grãos no Brasil deve alcançar 222,3 milhões de
toneladas, com potencial para chegar a 274,8 milhões de toneladas. Os dados são
do estudo Projeções do Agronegócio 2012/13 a 2022/23, divulgados pelo ministro
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, nesta quinta-feira,
27 de junho, em Brasília.
“É importante destacar que esse
trabalho desenvolvido aqui no Ministério da Agricultura, além de indicar para
produtores e governo os possíveis rumos futuros da agricultura, mostra também
que o crescimento agropecuário na próxima década será com base no aumento da
produtividade”, explicou o ministro.
Antônio Andrade ressaltou ainda o
papel do novo Plano Agrícola e Pecuário para ampliar a capacidade de
armazenamento de grãos no Brasil. “Esse novo plano é apenas uma parte das ações
voltadas para a infraestrutura e a logística. Além de destinar R$ 25 bilhões
para ampliar o número de armazéns, o governo federal também tem trabalhado para
aprimorar o escoamento da produção agropecuária”.
A pesquisa realizada pela Assessoria
de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(AGE/Mapa) prevê que o acréscimo produtivo de grãos varie entre 20,7% e 49,2%
em dez anos. No mesmo período, a expansão da área prevista é de 8,2% a 30,3%,
indicando que o principal fator de crescimento será a produtividade.
Em relação à área total de lavouras
(que inclui culturas como cana-de-açúcar e laranja), deve passar de 67 milhões
de hectares em 2013 para 75,5 milhões em 2023. Essa expansão está concentrada
principalmente no crescimento dos plantios de soja e de cana-de-açúcar. Milho
também deve ter aumento de cultivo, enquanto culturas como arroz, mandioca,
trigo, feijão e café mantêm-se praticamente sem alteração ou perdem área.
O mercado interno será o principal
fator de crescimento da agropecuária nacional, apesar da perspectiva de aumento
das exportações. Em 2022/23, 51% da produção de soja será comercializada dentro
do país, enquanto esse valor para milho será de 67%. Em relação às carnes, o
consumo interno será de 75% de toda a produção de bovinos e de 82,3% de suínos.
Comércio internacional
O Brasil elevará a participação no
comércio mundial de soja e de carnes. Mais de 44% da oleaginosa exportada no
mundo deverá ser brasileira, enquanto esse índice será de 19,9% para a carne
bovina e de 41,7% para suína. O país também manterá a liderança nas vendas
internacionais de café, açúcar e suco de laranja.
A China deverá ser a principal
compradora de soja, adquirindo 71,3% da produção mundial da oleaginosa. Os
Estados Unidos serão os maiores importadores de carne bovina, enquanto
japoneses, chineses, mexicanos, de carne suína.
Mais informações da Assessoria de Comunicação Social
Carlos Mota /
carlos.mnascimento@agricultura.gov.br
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