O monitoramento trimestral do consumo brasileiro, ConsumerInsights, da Kantar Worldpanel, confirma o que a instituição já havia adiantando quando avaliou os dois primeiros meses do ano: no primeiro trimestre de 2013 as classes D e E sentiram fortemente o reflexo da inflação e reduziram o volume das compras de bens não duráveis, enquanto as classes A, B e C marcaram um tímido crescimento.
Variação (%) em comparação ao mesmo período do ano anterior
“As
medidas adotadas pelo governo para conter os efeitos nocivos da
inflação, ainda não surtiram os efeitos esperados, principalmente nas
classes D e E. Em 2012 essa parcela
da população foi a responsável pelo crescimento do consumo, se não
fosse por ela, o país teria enfrentado uma estagnação, ou, até mesmo,
uma queda”, conta Christine Pereira, Diretora Comercial da Kantar
Worldpanel. “Contudo, o início de 2013 inverteu essa
situação e esses lares apresentaram queda no volume de bens de consumo
não duráveis”, explica.
Variação (%) 1º trimestre de 2013 X 1º trimestre 2012
Classes
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Unidades
|
Volume
|
Valor gasto
|
Total
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+ 2%
|
+ 2%
|
+ 12%
|
Classe AB
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+ 4%
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+ 4%
|
+ 13%
|
Classe C
|
+ 4%
|
+ 6%
|
+ 15%
|
Classe DE
|
- 3%
|
- 3%
|
+ 7%
|
Classes mais baixas não abrem mão de suas conquistas
Os
itens considerados não-básicos, produtos que apresentam maiores
benefícios agregados, continuam no carrinho de compras das classes D e
E, contudo, entram com menos frequência,
no início de 2013. O pé no freio no consumo desses lares é uma forma de
fazer com que estes produtos caibam em seu orçamento, ou seja, compram
menos quantidade mas não abrem mão de suas conquistas.
De
qualquer forma, as classes mais baixas ainda têm muito a conquistar. Em
sua visita semanal a 8.200 lares que compõem sua amostra da população
brasileira, a Kantar Worldpanel
monitora 76 categorias de produtos entre alimentos, bebidas, higiene
pessoal e limpeza do lar. No primeiro trimestre de 2013, de todas as
categorias, apenas 29 foram compradas três ou mais vezes pelas classes D
e E.
“Por
esse motivo as classes baixas ainda são uma forte alvo de investimento
do mercado, pois representão um potencial de consumo poderoso e existem
categorias que ainda não
penetraram nesses lares. Nas Regiões Norte e Nordeste, por exemplo, os
gastos desse público já ultrapassa o peso dos gastos das classes A e B,
que correspondem a 35% de tudo que é desembolsado com bens não duráveis,
enquanto as classes D e E correspondem a
37%”, finaliza Christine Pereira, Diretora Comercial da Kantar
Worldpanel no Brasil.
Para mais informações, visite-nos em www.kantar.com
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